segunda-feira, março 18, 2013

Tá no Brasil? Então você tá na fila.



Há dias atrás saiu uma pesquisa que aponta o Brasil como o país do mundo onde mais se perde tempo em filas. Em média, uma pessoa entre 70 a 80 anos de idade passou pelo menos de 6 a 8 anos em filas. Imagine o que estas pessoas poderiam ter vivido, experimentado ou conquistado se não tivessem perdido tanto tempo em filas.

A primeira fila do dia é a da padaria, ficamos na fila para o pedido e depois na fila do caixa. Há ainda outras filas que enfrentamos em muitos lugares onde ninguém é gentil ou está preocupado com quem está ali a tanto tempo. Enfrentamos filas no trânsito, fila no supermercado, fila nos hospitais, (nem os melhores planos de saúde escapam) fila na farmácia; fila na bilheteria para assistir a um evento ou ir à uma festa; fila na lotérica ou outras lojas conveniadas; nem as crianças escapam das filas, aliás, desde pequenas são treinadas para enfrentar filas.

Nas escolas as crianças enfrentam filas para sair da sala, fila para lavar as mãos e depois fazem fila para receber a merenda; e não para por aí, ainda têm que fazer filas novamente para sair da sala ao término da aula e depois fila para entrar no ônibus quando vão embora. Porém, nenhuma fila é tão estressante, exaustiva e irritante do que as filas nos bancos deste Brasil. Elas são enormes, não andam, e ainda nos obrigam a ficar lendo em uma TV que fica pendurada à sua frente o que é e o que faz o banco por você.

São aquelas mensagens onde todo mundo está sorrindo sempre, e esta mensagem passa mil vezes diante de você enquanto se estar ali. Mas, ainda bem que alguns bancos melhoraram o seu sistema de atendimento. As filas andam bem rápido? Não! Eles colocaram cadeiras. Em outras palavras: Tá no banco? Então espere sentado, ou sentada, porque vai demorar.
Diante de tudo, espero que você não tenha enfrentado uma fila para ler este artigo.

Texto: Gleyber Miranda

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