terça-feira, novembro 20, 2012

O QUE PENSAM OS ALUNOS DOS DIAS ATUAIS?


É intrigante pensar sobre pessoas; pois sempre somos enganados em algum momento ou por uma determinada situação. Falar sobre alunos é falar sobre educação, e esse sistema envolve um mundo de ideias, opiniões e pessoas de diversos níveis, sentimentos, comportamentos e até a cultura não escapa de defesa ou acusações. Embora tenhamos dado um grande avanço em pouco mais de duas décadas na educação nacional, ainda estamos muito longe da meta desejada que já é sentida e vivida nos países de primeiro mundo. Mas, afinal, o que pensam os alunos dos dias atuais?

Do ponto de vista histórico, há três ou quatro décadas atrás o ensino não possuía muitos recursos, e a metodologia aplicada era deficiente em alguns pontos, e não obtinha-se resultados significativos comparado aos dias atuais. Entretanto, além do respeito que se tinha em sala de aula, (não pelo uso da palmatória, mas pela disciplina exercida pelos pais) as dificuldades contribuíam para que fosse agregado valor ao ensino. Visto que muitos alunos tinham dificuldade de locomoção para se chegar à escola; e muitos vinham de jumento, bicicleta ou a pé; sem falar na escassez  de material didático pedagógico, tanto do professor como do aluno; porém, se aprendia.

Professor há 13 anos, neste último ano (2012) tenho visto um desinteresse notório no rosto e no comportamento dos alunos nas escolas onde leciono. Em conversa com outros professores eles também declararam que há sem dúvida um desinteresse preocupante por parte dos alunos. “Não sabemos o que eles pensam ou querem” disseram alguns professores. Acredita-se que a maioria dos alunos de ensino fundamental e médio não têm objetivo nenhum ou perspectiva acerca do que quer alcançar.

Há um mundo ainda desconhecido na mente dos nossos alunos, não sabemos o que se passa na mente e no coração deles. Por que há tanta revolta? Por que há tanto desrespeito em casa com seus familiares e na escola com professores e colegas? Por que muitos entram para o mundo das drogas cada vez mais cedo mesmo sabendo que pode ser um caminho sem volta? Por que é tão duro e resistente o muro que separa os filhos dos pais e alunos dos professores? Por que falamos tanto sobre história, ciências, regras de matemática ou de física e deixamos de preparar o aluno para a vida? Por que só informamos o aluno e não formamos cidadãos? Não sabemos o que eles pensam, é verdade, mas, sabemos... eles precisam da nossa ajuda agora!

Texto: Gleyber Miranda


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