Uma das características que
diferenciava as pequenas cidades chamadas de “interior” das cidades
desenvolvidas (as cidades grandes),
era inexistência da violência, fenômeno que afeta os grandes centros. Cidades
do interior ofereciam maior segurança aos seus moradores e à aqueles que
desenvolviam atividades comerciais nestas. Essa sensação de segurança fez com
que muitas pessoas migrassem das cidades grandes para morar em pequenas cidades
do interior, onde teria uma vida mais tranquila longe do estresse, burocracia e
da terrível violência que assola as cidades desenvolvidas.
Hoje é perceptível que essa
diferença não mais existe, as pequenas cidades do interior estão se igualando
aos grandes centros; pouco a pouco tomam cara de cidade grande, onde a
violência ganha exponencial espaço no cotidiano dos populares. Hora por outra nos deparamos com situações
ou sabemos de casos de assaltos, assassinatos, arrombamentos, furtos e até
sequestros em nossa cidade, em cidades vizinhas e até em nossa própria
residência.
Ao que me parece, está ao nosso
alcance simplesmente tentar “acostumar-se” com essa nova realidade, e aceitar
que isso acontece em todos os lugares, que é normal. Essa é a opção para a
população que é a maior vítima desse fenômeno, ACEITAR que é assim mesmo. Agora
moramos em cidades desenvolvidas, a chegada do desenvolvimento nos proporcionou
tal situação, esse é o preço que as pessoas devem pagar por morar em cidades
que estão em ascensão. Vejo dessa forma: Esse “desenvolvimento” me possibilita
uma melhoria na minha qualidade de vida, e ao mesmo tempo cria situações que
tornam impossível usufruir dos benefícios dessa melhoria, a ponto de perder minha
liberdade, bens materiais ou até a própria vida! Uma melhor qualidade de vida sem vida, já imaginou?
Que as “cidadezinhas do interior”
mudaram isso já sabemos, o que nos questionamos é se teremos que conviver com
essas mudanças negativas normalmente como se nada estivesse acontecendo. Outras
dúvidas nos cercam: Hoje está assim e daqui a alguns anos como estará? Nossos
filhos serão influenciados por essa nova realidade? E os três poderes (público, judiciário e legislativo), como
vão se comportar diante dessa nova realidade? Isso é o que vamos ter que esperar para ver, espero não ter que esperar
muito, pois nos últimos dias temos que esperar
soluções enquanto nos posicionamos no meio do fogo cruzado.
Esperança...... Só nos resta
isso!
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